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Soft Power Sagrado

by PRO'SEEDS

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1.
Xapa3 03:09
Serial no beat Score no corte pego no microfone e é garantido o rock eles mexem o pescoço elas o pacote Viemos da velha escola mas não deixámos o estudo experimentamos novas formas mantendo o conteúdo intacto no prato apresento o Score o d.j. mais pequeno no scratch é o maior Serial a cozinhar com a receita da colheita para quem andava a procurar eis a batida perfeita no meu leitor isto sabe a mel fico fechado no meu estúdio como a Rapunzel a correr contra o tempo já que não corro no campo no basket era base titular agora não descolo do banco do meu escritório enrolo mais um finório para que fique mais um bem feito no reportório vasto fecho e abro tasco quando dou-lhe gás mostarda nesses insosos bazo pela frente mas entro por trás até ao palco liga a mesa e os pratos se pagarem o justo hoje não levam com chatos Serial no beat Score no corte pego no microfone e é garantido o rock eles mexem o pescoço elas o pacote E cá estou eu cada vez mais só cada vez mais são canto como um preso no meu campo de concentração condenado á pena máxima assumo o homicídio matei a minha chance investi na escrita e não no video faço a barba e até passo por anjo ando sempre bem disposto mas não me tomes por xanxo porque o mais louco é o que fala pouco e acredita é só no palco que fico rouco esta é para quem nos chupa a piça e não nos curte magoei-te o cotovelo mete halibut teatro curto o seiva trupe não papo esse grup tens de treinar queimares um loop é um insulto já sou adulto não adultero o público rimo com e para putos vou assim passando o culto músico em part-time tiro um rendimento extra ganho o pão que está na cesta com a labuta de segunda a sexta não cedo á pressão forçar o dom até ser fútil vivo o rap e não do rap chama-me inútil não tiro a carta porque curto-me inspirar na berma o Nokas disse "pergrino é o a.k.a. do Berna" omnipresente no país como a crise externa mc´s ou falam doutros ou de quem governa entre o esgoto e o estrelato estou no 9º andar em frente á praia tenho o céu para me inspirar...
2.
Alfabetos 04:11
A mas são verdes deixam-te grog como o Esteves em corpo apareço ás vezes na mente sempre presente mesmo passado 100 meses troco o B pelo V não o diz pelo fez liricalmente incendeio carros no bairro como o povo francês sem factores C ou favores de editores isolado mas temido no mercado como um vulcão nos Açores D para onde der eu não expludo o conteúdo do estudo agarro o loop no tímpano como o único barulho dum surdo E como um instinto faminto sinto as palavras finto inimigos com afinco bombardeio do cimo do céu F-16 barras não chegam na calha canalha decifrem a malha a minha batalha é aquela agulha na palha Gps em formato abstracto sem destino exacto o contracto é o pacto o respeito é o laço o anjo o Homem o Diabo uma espécie de rato H2 ópio do povo respiro rap senão morro na praça como o sócio do porro Imortal como o clá Mccloud no combate á fraude decapito o mal em solo sagrado enquanto a gera aplaude como o J tenho N de notícias cago o culpado como uma sirene de polícias...são permissas fixas K A4 no braço caço o compasso num passo falho trilhos que traço mas não faço o cansaço notar-se L Dom Quixote a trote a dar capote a roockies o que me sobra na escrita compensa a falta de truques e groupies Ando farto de dizer Primeiro cresce depois aparece Primeira lição que tens a aprender é o ABC para fazeres um verso Mc mostra o teu b.i o que é que te traz aqui já vi muitos como tu senão fores tu fica a cantar para ti N como a tv ninguém te vê sê sincero és triste usas um cap que tapa a casca do Calimero O blá anda cá para mim não há pas-toi podes chamar esses manos que eles achantram com o papá neste Prt eu controlo a solo os vossos dealers partem peças ao ritmo deste monólogo Q é sempre a 30 enquanto a tinta te finta clicka gosto na tua a minha cena é distinta R.a.p. do puro sem acessórios no desfile trago skill rimas 1000 cinzentas como o Ventil Sg filtro o óbvio pacóvio com o meu histório pródigo prevejo-te de um modo metódico Tethrahydrocannabinol ficas mole na minha ausência encarno o eclipse do Sol U.f.o. trago o pó radioactivo antes o certo era a morte após o toque ficas vivo V a luz que seduz como Jesus Cristo na cruz aterrorizo mentes de bonecos com técnicas voodoo W ao cubo.com tráfego ilimitado servidor que clone o link tem o meu sítio bloqueado com um X fiz o traço da mediatriz a giz na hora infeliz em que surgi matar-te não quis Y grego filósofo-retórico-masoquista nível Zero estuda a Arte quiçá um dia serás Artista
3.
Tás Feito 02:43
Nunca fui o melhor nem o quero ser prazer sou o Berna muito gosto em conhecer já me ouviste?tás em vantagem uma palavra minha corresponde a mil imagens ofereço-te paisagens credito o paraíso como uma agência de viagens o pagamento é estares atento se falo a correr tens direito a uma paragem... só pra respirar um coche quando escrevo legalizo não sou o Peter Tosh mas tenho uma costela sóbrio quando fumo...tabaco é naquela do meu quarto bombo tu e o meu vizinho sabem que dou estrondo tira-me o sono caio redondo no Rap assusto o povo como as medidas do Pec a verdade é como eu dói mas depois sara e é com ela ao despertar que eu lavo a cara não ligo a ninguém não me aches convencido ando distraído com um diferente objectivo tenho medo da morte se me deito insatisfeito não vivo adormecido nunca digo tá feito! Não vivo adormecido nunca digo tá feito tá feito jeito não tens faz mais peito tás feito apanhei-te feito com o teu grupo tás feito achas que tá feito?deves tar maluco Gajos têm 9 vidas eu só tenho uma já vi a vossa onda vão-se enrolar na espuma nasci em Aldoar...agora que me lembro nunca te vi em Aldoar claro que sei da minha crew é so dar-lhes o toque não queiras violência acaba-se o hip-hop tu confundes poesia com exibicionismo e essa cara de mau é mais um preciosismo pareces um skinhead num grupo és o leão sozinho o patinho rimo ao som do violino enquanto fodo-te o focinho, metaforicamente não sou magrinho tás na boca do lobo queres me vê-lo fazê-lo mas quando cuspo é fogo ficas reduzido a pó como o bairro do Aleixo ao demolir não tenho dó repito como o "Saw" qual o próximo morto homicida anónimo só podia vir do Porto atrás o beat tá no ponto á frente quilos de barras para essas de meio conto Não vivo adormecido nunca digo tá feito tá feito jeito não tens faz mais peito tás feito apanhei-te feito com o teu grupo tás feito achas que tá feito?deves tar maluco
4.
Quim 03:39
Ele nasceu no Porto no Hospital São João antes de ser baptizado já era sócio do Dragão o Pai dele era o Nando mas ele ficou-se por Quim a Mãe bulia por turnos da Rua do Bonjardim com poucos meses falou e soletrou P.u.t.a. até a Avó lhe roubava as papas de Cerelac que a cota comia a ouvir a rádio romântica baladas do Toni de Matos são partes da sua infância tinha um brinco de ouro que o irmão o roubou faz sentido foi o próprio que a orelha o furou em frente ao retrovisor dum Citroen Ax era o que tinha desmarcado por baixo do beliche a kitchenette era um antro de grunhos a partir telas o seu bairro era isolado como ilhas dos arquipélagos sair de lá era mentira tinha que se ir a buts passar por prédios uma bouça e duas escalas no bus Era uma vez um sócio que conheci tinha outro andamento o seu lugar não era aqui o nome dele era Quim e não mandava recados fazia a festa com pouco o que o tornava engraçado Ele parava no Rocks e com as betas da Foz á tarde treinava boxe á noite comprava pó infiltrava-se em qualquer meio já estava a ficar patrão cantava sempre de galo pois tinha mais protecção contactos até da moda vendia coca ao Serrão ligavam-lhe a pedir sheilas para os estágios da selecção já estava com outra pausa deixou o papel de peixinho tinha um iate no Algarve e um terreno no Minho feiras vinho roupas de linho e Domingos de hipismo de Verão surfava á noite praticava alpinismo estava na casa dos 30 andava de roda no ar até conhecer a Cátia e decidir assentar... Casou teve 3 filhos acabou-se o glamour estava efectivo e farto de montar placas pladour em vez dum maço numa noite só parou no Sá Carneiro tinha um control na Holanda dum mano do Lagarteiro e foi para lá em low-cost para trabalhar numa estufa curtiu comeu de tudo desde rolhas a fufas instalou-se num bungalow até apranchar-se a uma loira meio metro mais alta do que ele feia mas grande toura no emprego chamavam-lhe o "portuguese" no dia do pagamento faltava para dar uns snifs na coffee queria dar micos aos filtros que eram de graça mas nunca se embaraçava mandava-se sempre para a praça o fim é assim nunca mais vi o Quim provavelmente ele nem se lembra de mim tornou-se um cidadão do Mundo no fundo nunca mudou tentou esquecer quem era mas o bairro nunca o deixou Era uma vez um sócio que conheci tinha outro andamento o seu lugar não era aqui o nome dele era Quim e não mandava recados fazia a festa com pouco o que o tornava engraçado
5.
Grunf 03:16
Conheci-te através duns putos da Pasteleira racharam-me a tola inteira por não estares a beira de mim mas enfim tinha 6 era um cachopo mas o motivo da violência traumatizou-me um coto na 4ª classe o Marco levava-te para o intervalo um dia por causa disso a polícia foi lá buscá-lo mais tarde andei contigo levava-te só para a cantina escondia-te bem enrolada no fundo da sapatilha ao Domingo em cima da escrevaninha a minha cota deixava-te mas á Segunda-feira acabavas fui procurar-te em part-time numa multinacional para simular a pressão dum fino tinha ordens para pôr sal trocava-te por tiras finas quase pisei o risco só para estar contigo algo como isto nunca tinha visto Falo da pasta por muito que chova nunca basta a razão pela qual a vida é madrasta lembro-me como a ganhei onde foi gasta (como é que eu ei de saber) Falo da pasta por muito que chova nunca basta a razão pela qual a vida é madrasta lembro-me como a ganhei onde foi gasta (gostava eu de te dizer) Fiz 300 cds contigo em 2001 no meu primeiro álbum nivelaste o meu saldo usar-te na faculdade ou multiplicar-te num contentor fiquei-me pela segunda pergunta ao Destruidor ás 6 na expedição com Turcos e Polacos para te pouparmos na pausa enrolávamos tabaco num hotel em Amesterdão por ti limpava quartos ao segundo dia bazei com medo de apanhar chatos como os contractos assinados por ti no meio de tantas cláusulas foste a única que entendi recebi para alugar camas no turno da madrugada a futebolistas sem b.i...."assina aí eu não vi nada" avariaste-me ao telefone num call-center antes de entrar fazia um reset e premia enter engoli o orgulho não sou tolo para mentir já não sei ficar a viver parado sem te ver cair Falo da pasta por muito que chova nunca basta a razão pela qual a vida é madrasta lembro-me como a ganhei onde foi gasta (como é que eu ei de saber) Falo da pasta por muito que chova nunca basta a razão pela qual a vida é madrasta lembro-me como a ganhei onde foi gasta (gostava eu de te dizer)
6.
Se podia estar melhor é óbvio que podia quanto mais etapas queimo mas elevo a fasquia nunca dei um passo em falso sem aprender a lição tenho o curso da vida essa a minha formação deram-me uma tábua e eu trouxe-a sem pregos mas já vinha esburacada não apagava os meus erros com pouco sabes que lanço os foguetes e ris-te á brava mas quando estou em baixo confesso-me na madrugada e não me vês quando saio estou sempre na tanga quero-te ver a rir como um puto ri-se do Panda ando farto do drama surpreende-me com algo freco fazes truques com a bola só não a metes no cesto há que ser pragmático e positivo fala-me do amanhã que o resto é tempo perdido para mim só a Natureza não merece explicação aprendi a ouvi-la por isso não falo em vão Falo-te a brincar mas rimo-te a sério para matar o tédio rir é o melhor remédio esta bipolaridade faz de mim um ser único continuo lúcido apesar de ser músico Falo-te a brincar mas rimo-te a sério para matar o tédio rir é o melhor remédio esta bipolaridade faz de mim um ser lúcido continuo único apesar de ser músico Tenho um tecto amor e a benção de ser eu agarro a vida em homenagem a quem morreu não me fixo na palha dedico-me a causas nobres quanto mais procuras a agulha mais te fodes bebe este poema como um néctar divino não fales comigo olha para o que eu digo nas letras não sou um palácio nem tu um boi o que é que foi?não faças de mim vedeta estuda mais que eu estudei chora menos que eu chorei um sapo de dia um príncipe em casa no palco o rei não agradeço o vosso apoio sem desculpar o meu feitio aprendi na retranca a falsidade fez-me frio troco o elogio fútil pela crítica sincera mostra que és um indivíduo não o que pensa a tua gera na diferença da partilha caminhamos num só trilho da discussão vem a luz e eu preciso desse brilho Falo-te a brincar mas rimo-te a sério para matar o tédio rir é o melhor remédio esta bipolaridade faz de mim um ser único continuo lúcido apesar de ser músico Falo-te a brincar mas rimo-te a sério para matar o tédio rir é o melhor remédio esta bipolaridade faz de mim um ser lúcido continuo único apesar de ser músico
7.
Escola da vida onde o ensino é obrigatório sai á rua e respeita o código por ela imposta é tão fácil apontar a saída complicado é pensar com clareza enquanto aperta a barriga os putos crecem com o nome de "problemáticos" baptizados pelos Pais do sistema isso é sarcástico pois o mal vem de cima proteger quem tem futuro e foder quem não tem essa é a doutrina já vi paisanas a roubar ganzas a traficantes por isso é que o bairro não é como era dantes ex-reclusos são chulos da própria Mãe cá fora jovens em Custóias preferem de lá não ir embora Porquê?na choça a comida é de graça e cá fora a realidade fica enquanto o tempo passa não é o mais forte que sobrevive mas sim quem decide evitar esta nova P.i.d.e. Por trás do betão se põe o Sol aqui em vez de relva nascem rimas lágrimas contidas secam-te o corpo queimam-te a alma e o medo de perder passou a ser o maior trauma nesta selva és a fauna protege os teus com garra corta a corrente que nos amarra a um Mundo que tira mas não dá nada é um estilo de vida que não acaba Volto ao bairro não conheço ninguém já tinha dito a vida muda e a inocência foi levada pela chuva nasceram filhos morreram estrilhos no olhar de muitos apagou-se o brilho mas quem queria aquela sina fumar beber roubar vender e fazer disso rotina tenho saudades do convívio á luz da Lua Aldoar Fonte da Moura esta letra é tua tudo o que sei hoje aprendi na rua e com o aumentar da pressão o instinto acentua a rusga continua e a censura é mais forte é a razão de não veres no Top o puro Hip-Hop aquele que fere os ouvidos mas abre os olhos aquele que fala de mim mas é para todos Mariano Bertinho Lúcio e Gago sou a janela dessa cela e espero que recebam o recado Por trás do betão se põe o Sol aqui em vez de relva nascem rimas lágrimas contidas secam-te o corpo queimam-te a alma e o medo de perder passou a ser o maior trauma nesta selva és a fauna protege os teus com garra corta a corrente que nos amarra a um Mundo que tira mas não dá nada é um estilo de vida que não acaba
8.
A cidade está a dormir lá fora a chuva cai mais um rima sai em busca da paz de espírito batalha por entre o smog do sono colectivo tiro-te só espero que ela me acorde pela brisa da janela sinto um sussurro no ouvido que me obriga a escrever tudo o que nunca foi lido transmito-o sem complicar facilito a interpretação minimizo a poesia sem cair em repetição cada encontro é um som cada dia uma pauta hipnotizante como o sopro duma flauta acordo sobresaltado pelo teu chamamento chocas-me belisco o braço tem calma ainda estou sonolento será real a legendagem da imagem que projectas provocas a dilatação das pálpebras leva-me a ver o teu jardim no Inferno pinto vocábulos em montanhas nas folhas do meu caderno Passo dias agarrado ao meu caderno paro o tempo e adormeço num momento eterno largo o caos e os dias maus não são complicados ao criar vejo que a vida faz-se aos bocados Espelho meu espelho meu acompanhaste-me nas trevas na procura do meu eu nunca deixei-te no pânico tentação e fuga foi um duelo titânico saltámos barreiras quebrámos fronteiras iluminámos plateias em noites de lua cheia voltei á essência do teu efeito acordar amnésico sem noção de qualquer conceito quando me deito nesse leito afogo os hábitos por isso não foste bem aceite por tantos sádicos elevei o teu respeito mostrei-te a sábios não reconhecendo a tua face leram-me os lábios tocaste bairros e ilhas mudaste filhos e filhas desenhaste o brasão duma nova tribo quando ensinaste partilhas o teu contraste nas rimas é a explicação da forma humilde como vivo Passo dias agarrado ao meu caderno paro o tempo e adormeço num momento eterno largo o caos e os dias maus não são complicados ao criar vejo que a vida faz-se aos bocados Os meus palácios são muito mais bonitos e ninguém sabe ao certos os seus caminhos ou sítios são sempre para lá do Olimpo em terras descamadas e todos em cristal d'ouro e alabastro roxo têm grandes jardins suspensos e sem terra com flores estanques e nunca parecidas as janelas são fugidias e totais mas vejo de lá édens desconhecidos e ao fim do dia há pôr-do-sóis enlouquecidos que só eu contemplo que soltam luzes cruzados cânticos e perfumes deslembrados
9.
Mais um dia normal no meu habitat natural alguns actores mudararm de cenário o resto é igual a mesma bisga no chão aquele fino fiado ao balcão o muro da lamentação do desempregado não me encaixo no tasco nem no cinema ao Domingo faço compras na net e moro ao lado do Pingo pergunta ao Fabinho ao fim do mês é certinho acaba-se a gota renovamos o patrocínio vizinho pago as contas num dia como um otário qualquer trabalho como um branco e pago os estudos á minha mulher sou Pai do meu cota Pai de 2 filhos o Homem da casa filho duma ex-combatente a sobrevivência é a taça evito o ócio sócio comigo socializo saio á rua para comer conviver não preciso frio como o aumento do iva não tenho hipótese lutar por mim ou ser mais um a encher o saco de boxe á noite ponho multidões a cantar os meus refrões de manhã já estou no shopping a atender reclamações artista não sou chama-me super-herói a assegurar a paz noutra galáxia enquanto a minha se auto-destrói É complicado estou só nesta multidão não é de agora já nasci com a mesma sensação não tenho falta de atenção ando em contra-mão á vossa direcção Absorvo como uma esponja raramente bebo cuca não dou pérolas a porcos que as vendem para dar na fruta 12 anos de recruta á escuta não ofereças o que vais cobrar como uma puta caguei na falsa gratidão não me enche a dispensa com a idade desvias-te da merda com um certo ar de indiferença tou bem como estou bem como sou sei para onde vou o que já acabou para ti para mim ainda nem começou flow á la carte segue a sugestão do chef não comento sou suspeito como um Afegão no Sef há comunicação a mais eu filtro o ruído curto que sintas a música não quero ser teu amigo estou em silêncio como o meu celular na aldeia global eu ainda escolho com quero falar partilhar e privar não me apannhas na rede talvez revele o meu estado se te encontrar num minuto em que não esteja ocupado É complicado estou só nesta multidão não é de agora já nasci com a mesma sensação não tenho falta de atenção ando em contra-mão á vossa direcção
10.
És tão sensual quando te apresentas com esse olhar fatal andas em câmara lenta a tua imagem entra na minha retina tás tão anos 80 ninguém se aproxima tão meiga e tão hardcore vejo gotas de suor a escorrer lentamente pelo teu rosto quente tu tens aquele fogo,tens aquele jogo,tens aquilo tudo que eu quero no fundo dizes-me ao ouvido que queres fugir comigo,sermos fugitivos íntimos a minha tentação.adoração...a paixão foi mais forte do que a razão Ela diz-me coisas ao ouvido que eu não quero ouvir como sermos fugitivos assaltar um banco e fugir nos meus braços eu mantenho-te a salvo de todo o mal porque o meu amor é real Ela é um perigo,um pecado,deixa-me descontrolado é um perigo,um pecado deixa-me descontrolado é um perigo,um pecado deixa-me descontrolado é um perigo,um pecado deixa-me fora de mim A atracção é quimica,enganas a ciência,corpo de uma deusa não te quero tocar,vou beijar o vazio do teu imaginário contigo o instinto é animal,pratico sexo mental até ao ponto de sentir a tua pele macia a elevar-me o astral pecado capital é ninguém te preencher perdi um lugar no céu não te vou perder na multidão sobressais,olhar felino traços sensuais a dançar no meio da pista tou colado a ti anseias que te sussurre..."vamos sair daqui" embriagados no nosso suor á primeira vista conheço-te de cor a lua o limite o calor subiu a pique como o apetite fruto proibido a razão não te conhece levito nessa órbita escurece o feitiço do canto da sereia,envolveu-me caí na tua teia fico indefeso...a minha balança tem ter o teu peso cada movimento teu deixa-me aceso não fales...absorve lá fora já chove mas contigo a cada segundo a temperatura sobe Ela diz-me coisas ao ouvido que eu não quero ouvir como sermos fugitivos assaltar um banco e fugir nos meus braços eu mantenho-te a salvo de todo o mal porque o meu amor é real Ela é um perigo,um pecado,deixa-me descontrolado é um perigo,um pecado deixa-me descontrolado é um perigo,um pecado deixa-me descontrolado é um perigo,um pecado deixa-me fora de mim
11.
Tudo faz sentido quando consigo rimar só após eu ter partido é que me vão encontrar o génio sempre foi esquecido enquanto vive a criar não passo dum recém-nascido até que a hora chegar Sou mortal no meu prazer mal sinto o tempo no que faço porque estou pronto para morrer para deixar isso bem claro a minha disputa é entre mim e mim não olhes para o que eu como a distinção vive na luta de teres um O antes do nome e ser poeta não seres mais alto faço esta música porque aqui quando um sobe é só para cair na dúvida para quê êxito se a voz não confirma atiras para cima a fama e cá em baixo o público ainda nem rimou por cima estar nisto á muito tempo não equivale ao essencial há pros no contra para ter pessoal contra o que é pessoal trabalho assíduo na escrita estou sempre em obras 24 anos não sou de desaparecer em 24 horas sou de referências tendências mas não compares o meu talento ao teu desenho engenhos só o são em pares ímpares a eternidade é forte a morte é certa a vida errada logo os génios só vivem depois da morte Tudo faz sentido quando consigo rimar só após eu ter partido é que me vão encontrar o génio sempre foi esquecido enquanto vive a criar não passo dum recém-nascido até que a hora chegar Não caio no saudosismo parar é morrer compito contra mim próprio nunca me viste perder aperfeiçoou este dom afino o tom do meu tema quero-te provocar um frissom com uma metáfora extrema subvalorizo a imagem enquanto aguço o engenho encurtei a margem de lucro mas aumentei o meu ganho os ouvintes são suspeitos preferem fotos a sons cerimónias há muitas mestres restam poucos bons letras sem sequência e batidas mal conseguidas rimas sem trocadilhos e ideias já repetidas jogar simples é difícil fácil é complicar há mais cantores de bastidores do que poetas no palco a cantar um olhar faz mais sentido do que dois braços no ar o que são cashets cds se perderes o poder de inovar passo o pregaminho aos putos em 100 talvez 1 leia a rota do meu testamento num dia de maré cheia Tudo faz sentido quando consigo rimar só após eu ter partido é que me vão encontrar o génio sempre foi esquecido enquanto vive a criar não passo dum recém-nascido até que a hora chegar

about

'Soft Power Sagrado' é primeira longa-metragem de PRO' SEEDS, grupo composto pelo rapper Berna, o produtor Serial (Mind Da Gap) e dj Score (Gatos Do Beko), são onze faixas que juntam o melhor de dois mundos, quer ao nível lírico como sonoro onde ás produções de Serial se juntam os scratches de Score, este conta para álem de Berna com as participações Ace (Mind Da Gap), Expeão (Dealema) e Virtus, todas as faixas foram gravadas, misturadas e masterizadas por Serial nos Estúdios La Suite. O artwork da capa foi elaborada por Rodrigo Alma e design gráfico por Unmade (Colectivo RUA).
Um ano após o lançamento do pré-single - 'SPS', a faixa - 'Fora De Mim' com a participação de Expeão será o primeiro single do álbum, que brevemente acompanhada de video a cargo de Expanding Roots, estará disponível para audição. O álbum conta com o patrocínio da marca de roupa LRG.

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released April 1, 2016

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PRO'SEEDS Porto, Portugal

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